INNO A MADRE ASSUNTA
Blog de Madre Assunta
Queridas Coirmãs, Formandas e LMS!
Madre Assunta já tem o título, bem merecido, de venerável, agora falta-nos a graça do próximo degrau – o da beatificação. Tudo isto é um verdadeiro processo de discernimento que a Igreja faz, com muito cuidado, para perceber, com mais clareza, a ação do Espírito Santo em seus fieis, e para poder propô-los à devoção e imitação nossa e de todos os cristãos.
Enquanto continuamos a pedir esta graça, desejamos comunicar a todos/as que no site da congregação foi incluído, recentemente, o BLOG de madre Assunta. Estamos convidados/as a ler o que lá se disponibiliza, mas também sintam-se convidados/as a colaborar com escritos, segundo os dons de cada um.
As reflexões, poesias, Power point, etc., sejam enviados para o endereço: leocadiamscs@gmail.com
Obrigada e muitas bênçãos através da intercessão da venerável madre Assunta.
Ir. Leocádia Mezzomo,mscs
Postuladora da Causa de Beatificação
Declaração dos Teólogos Censores dos Escritos de Madre Assunta Marchetti
O que falamos, escrevemos ou dizemos, traz de modo geral, a marca de nossa identidade mais profunda. Podemos, portanto, afirmar que também acontece com as cartas que madre Assunta escreveu ao longo de seus anos. Ao le-las podemos intuir e extrair traços marcantes de sua identidade de mulher consagrada a Deus e a serviço da Igreja, da congregação, da família humana.
Os dois teólogos de São Paulo, que a seu tempo foram nomeados por Dom Evaristo Arns para analizar os escritos autografados pela Serva de Deus, a cofundadora, depois de meticuloso estudo afirmam in fide sacerdotum que: “nada tem encontrado neles que possa ofender a fé e os bons costumes, muito ao contrário, viram neles o testemunho – de uma religiosa scalabriniana – de profunda dedicação à causa de Deus, à vida religiosa e aos deveres das funções que, reiteradamente lhe foram confiadas e, que ela exerceu com firmeza, zelosa dedicação e profunda humildade”.[1]
Esta declaração deixa-nos alegres e agradecidas a Deus, mas leva-nos, também, a reverenciar nossa venerável madre Assunta, estimula-nos a seguir seu exemplo e convoca-nos a interceder para que ela nos obtenha de Deus, o dom da dedicação gratuita e amorosa a ele, à vida consagrada e aos deveres que a missão que nos incumbe.
Tudo isto para que não se perca nenhum daqueles e daquelas que Deus nos confiou em nossa caminhada de missionárias scalabrinianas, isto é, para que sejam salvos, particularmente, os filhos e filhas de Deus em mobilidade.
Ir. Leocádia Mezzomo Postuladora da Causa de Beatificação[1] São Paulo, 12 de novembro de 1986. Mons. Benedito M. Calanzas; Antonio de Oliveira Godinho.
Conhecer mais Madre Assunta Marchetti
Madre Assunta foi a cofundadora da Congregação das Irmãs Missionárias Scalabrinianas. Ela faleceu em 1º de julho de 1948, em São Paulo, Brasil. Seu processo de beatificação foi iniciado nesta mesma cidade e já passou por diversas etapas.
Inicialmente o processo para a Beatificação de madre Assunta desenvolveu-se em São Paulo, onde madre Assunta morreu, foi uma fase bastante longa e trabalhosa. Foram recolhidas muitas memórias, testemunhos de pessoas que a conheceram. Seus exemplos edificantes são pérolas de Deus, que foram adornando sua vida terrena, em meio às dificuldades normais do peregrinar humano desta primeira irmã mscs.
Depois de ter sido completada esta etapa diocesana do Processo de Beatificação, todo o material recolhido foi levado à Roma, onde foi lido, analisado e aprofundado por especialistas, teólogos da Congregação da Causa dos Santos. Este processo também continuou por anos. Ao final deste sério caminho, os teólogos declararam, por unanimidade que madre Assunta viveu com heroicidades as virtudes cristãs. Este veredicto foi aceito e confirmado com Decreto, pelo então Papa Bento XVI, que concedeu a madre Assunta o título de Venerável Serva de Deus. Em outras palavras, o Sumo Pontífice reconheceu oficialmente que a cofundadora das irmãs mscs, seguiu, mais de perto o exemplo de Jesus Cristo, através do exercício heroico das virtudes, portanto, pode ser proposta à devoção e a imitação dos fieis.
Venerável Serva de Deus é, portanto, um título que a Igreja concede aos cristãos que viveram com heroicidade as virtudes. Que entendemos por virtudes heroicas? São aquelas virtudes que, depois de muito exercício, a pessoa consegue vive-las de forma espontânea (sem esforço), prontamente e a alegremente, pois elas se tornam como que uma segunda natureza. Se nos é difícil viver as virtudes, esta é a prova de que ainda não as vivemos de forma heroica.
As virtudes mais analisadas e apreciadas são: a fé, a esperança e a caridade, bem como as demais virtudes da vida cristã: a justiça, a temperança, a fortaleza, a prudência, mas além destas, pelo fato de madre Assunta ser uma religiosa, se analisou, também, como ela viveu a pobreza, a castidade e a obediência. Quem a conheceu e conhece, de fato afirma que ela é digna de veneração e imitação, pois viveu de modo heroico todas elas.
Após o título, bem merecido, de Venerável, a beatificação será o próximo degrau a ser alcançado. Tudo isto é um verdadeiro processo de discernimento que a Igreja faz, com muito cuidado, para perceber, com mais clareza, a ação do Espírito Santo em seus fieis, e para poder propô-los à devoção e imitação dos cristãos.
Recorramos a ela em nossa oração para que interceda a Deus pelas necessidades dos que ainda peregrinam neste “exílio longe do Senhor” (2Cor 5,6), e imitemos seu modo simples e virtuoso de viver, pois também somos “concidadãos dos santos” (Ef 2,19
Madre Assunta: Mulher Serviçal
A Venerável Madre Assunta Marchetti desenvolveu sua missão durante longos anos nos Orfanatos do Ipiranga e da Vila Prudente, em São Paulo, berço da Congregação das Irmãs Missionárias Scalabrinianas.
Como missionária atuou nos Orfanatos, em várias Santas Casas no interior do estado de São Paulo , e abriu novas missões no Rio Grande do Sul, onde viviam e trabalhavam muitos imigrantes.
Sua vida foi totalmente consumada no serviço aos migrantes pobres, órfãos e doentes. Aos órfãos dedicou incansavelmente suas forças e energias. Consciente da gravidade do problema social da época, fez no órfão o ser privilegiado de sua ação missionária , por ver no abandono daquelas crianças um apelo do próprio Cristo, para o exercício da caridade. “O que fizerdes a um destes meus irmãos peqeuninos, a mim o fareis” ( Mat 24,40)
Missionária disponível e atenta percorreu campos e cidades anunciando a palavra de Deus, prestando seus serviços como enfermeira, ajudando, consolando e curando os doentes e aflitos. Dedicou profundo amor a Jesus Eucaristico e à Santíssima Virgem, onde hauriu forças para a asua humilde e atribuída existência de missionária “estendendo os braços aos infelizes e abrindo as mãos aos indigentes” (Pr 31,20)
“Modelo de missionária” foi ao encontro do migrante sofredor, pobre, órfão e enfermo. Como suave brisa que acaricia e ameniza o sofrimento e a dor, revelou com seu amor e ternura o amor de Deus.
O seu testemunho e a semente lançada por ela nos ajude a continuar , dando em abundantes frutos no mundo de hoje, marcado pelos desafios das migrações